Praça Monsenhor Domingos Pinheiro



PRAÇA MONSENHOR DOMINGOS PINHEIRO
( PRAÇA DAS MERCÊS)


Dentre os vários documentos que compõem a imprensa local tais como :“Acrópole”; “A Gazeta”; “O Incentivo”; “O Republicano”; “Folha de Lavras”;  “Jornal de Lavras”; “O Município”;” Tribuna de Lavras”, destacamos o jornal “O Republicano” datado de 1901 que registra a existência de cinco praças no município, assim citadas: Jardim Municipal ou Praça Municipal ( hoje o atual Complexo Paisagístico das Praças Augusto Silva e Leonardo Venerando), Praça Santo Antônio; Praça Dona Josefina, Praça das Mercês; Praça Barão de Lavras (Praça situada anexa à rua Cincinato de Pádua e também ao lado da Estação do Bonde, hoje praça e Estação extintos). O referido jornal, registra primórdios da Praça Monsenhor Domingos Pinheiro.
Primórdios, provavelmente a imagem mais antiga com data presumível: 1913. Coletanea e informações de Renato Libeck
A Praça das Mercês teve esse nome no início, devido à Igreja ali construída em 04 de junho de 1819, por um grupo de moradores da Vila de Lavras, liderados pelo padre Manoel da Piedade Valongo de Lacerda, sob administração do pedreiro Silvestre, um artífice, devoto da Santa. A Igreja das Mercês foi consagrada em 1849. Posteriormente, em homenagem ao fundador da congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Piedade, passou a se chamar Praça Monsenhor Domingos Pinheiro.

  Fonte: Pesquisas de pós-doutorado ( Departamento de Ciências Florestais), Universidade Federal de Lavras, 2013. ( Alessandra Teixeira Silva)






                     A HISTÓRIA ENTERRADA NA PRAÇA DAS MERCÊS

                                                                                                   Alessandra Teixeira Silva 
                                                                     Membro Titular da Academia Lavrense de Letras
Igreja das Mercês. Foto: Alessandra Teixeira Silva, Ano 2010.
A praça passou por uma reforma na administração da prefeita Jussara Menicucci. Conforme a foto acima, a praça apresentava uma forração denominada a popularmente de hera verdadeira, cientificamente Hedera helix , que estendia a área defronte à Igreja até a extremidade sentido norte e possuía também alguns exemplares costela de Adão (Monstera deliciosa) nas bases das árvores. Estas hederas se apresentavam extremamente entrelaçadas e bastante amontoadas, isto estava favorecendo abrigo para animais roedores o que não é coerente com o meio urbano. Visando a melhoria e limpeza da praça, foi planejado a substituição da vegetação. Nesta época, eu trabalhava no Setor de Parques e Jardins como Engenheira Florestal/Paisagista, e então planejamos o manejo de várias espécies incluindo podas das espécies arbóreas de grande porte. Nossa equipe contava com 05 funcionários sendo o chefe de campo conhecido por Marola. 

Descobrindo o tesouro. Eng, Florestal Alessandra e equipe 
Ao distribuir as tarefas, solicitamos a retirada da forração hera e em seguida o preparo do terreno. No preparo do solo, no qual incluía o afofamento da terra bem como a retirada de entulhos, o funcionário em um momento, cavou a terra e de repente encontrou uma lage de concreto com as dimensões de 40 x 40 cm aproximadamente. A laje foi removida e encontra uma caixa de chapa galvanizada com tampa; aberta a caixa, uma surpresa: foram encontrados dois exemplares do jornal A Gazeta, datados de 14 de junho de 1959 e outro de 20 de setembro de 1959, além de algumas moedas da época e pequenas medalhas de santo.
 
O jornal a Gazeta e as moedas encontradas.
Junto aos jornais havia uma carta datilografa e assinada, mas devido à umidade destes 54 anos, o papel ficou deteriorado, sendo possível ler apenas alguns trechos. A carta citava a presença de irmãs de caridade do Colégio Nossa Senhora de Lourdes e da Santa Casa de Misericórdia. Revendo as efemérides da cidade descobrimos que a praça das Mercês passou a denominar-se praça Monsenhor Domingos Pinheiro no dia 20 de setembro de 1959, exatamente a data de um dos exemplares do jornal encontrado na caixa. Sobre o outro jornal com data de 14 de junho, também do mesmo ano, descobrimos também nas efemérides que se trata da publicação de uma lei do vereador José Alfredo Unes, que deu denominação àquela praça de Monsenhor Domingos Pinheiro. Monsenhor Domingos Evangelista José Pinheiro foi o fundador do Colégio Nossa Senhora de Lourdes, em 11 de fevereiro de 1900, sendo o colégio, sob a direção das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade, a primeira Congregação fundada em Minas Gerais. Na solenidade da nova denominação e da instalação da caixa com os exemplares do jornal As Gazetas, com as moedas e as medalhas, estavam presentes, segundo dados encontrados nas efemérides do município, além do vereador José Alfredo Unes e das irmãs do colégio e da Santa Casa, o prefeito Silvio Menicucci, o padre Luiz Tings e muitos convidados. Houve também a presença da Banda do 8º Batalhão.

Fonte: Pesquisas de pós-doutorado ( Departamento de Ciências Florestais), Universidade Federal de Lavras, 2014. ( Alessandra Teixeira Silva)  ....Mais histórias em breve !




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