Arbustos

           
Conheça a Esponja de Ouro
 Alessandra Teixeira Silva
Engª Florestal



Botânica: Conhecida cientificamente por Stifftia chrysanta, pertence a família Asteraceae. Popularmente denominada: Esponja de ouro; pompom amarelo; flor da amizade ou jambeiro do mato. Esta espécie foi descrita pelo botânico, zoólogo e entomólogo austríaco Johann Chistian Mikan (1769-1844). Foi um dos 03 naturalistas líderes na expedição austríaca no Brasil. Publicou o livro “Delectus Florae et Faunae Brasiliensis”, um livro com ilustrações e descrições botânicas.


Origem: Esta espécie é considerada endêmica do Brasil, sendo encontrada nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Sendo assim de clima tropical e subtropical.

Aspectos gerais: Considera-se como uma “arvoreta” com porte que pode variar entre 2,50 a 5,0 metros.  Floresce com maior intensidade entre os meses de julho e setembro, podendo florescer em outras épocas do ano. A cor da flor é alaranjada e a folhagem apresenta um verde médio com superfície lisa. É uma espécie de sol pleno, podendo ser cultivada também em meia sombra. As flores são atraídas pelas abelhas, beija-flores e borboletas, pois seu néctar é especial.

Utilização em paisagismo: De rara beleza, porém pouco conhecida, pois não são encontradas facilmente nas floriculturas e viveiros. É ideal para compor centros de interesse em espaços ajardinados a pleno sol ou ligeiro sombreamento. Apresenta um caule lenhoso coberto por cascas ásperas. Quando cresce sem poda, transforma em copa oval, ao passo que se conduzida e direcionada, poderá se tronar uma arvoreta até para arborização urbana. Dependendo da criatividade do paisagista, pode ser aproveitado como elemento de destaque na composição, pois o conjunto das flores é belíssimo.
                                         




CONHEÇA A PATA-DE-ELEFANTE



Alessandra Teixeira da Silva
Engenheira Florestal


Botânica: de acordo com a classificação botânica (ordenação das plantas em categorias hierárquicas), a espécie pertence ao Reino Plantae; Divisão Magnoliophyta (angiospermas); Classe Magnoliopsida; Ordem Asparagales e Família Ruscaceae. Família esta antes incluída em Liliaceae. Esta família é formada por ervas, arbustos ou plantas arborescentes, lenhosas ou rizomatosas. De um modo geral, esta família apresenta plantas de ocorrência pantropical com espécies originárias da Ásia, Europa Índia, México, África e Madagascar, abrangendo aproximadamente 500 espécies distribuídas em 26 gêneros, com várias espécies cultivadas no Brasil, como por exemplo: Liriope sp (liriope); Ophiopogon sp (grama-preta) e Sansevieria sp (Espada-de São Jorge). A Pata-de-Elefante ou Nolina apresenta o nome científico de Beaucarnea recurvata Lem. e sinonimias: Beaucarnea tuberculata e Nolina recurvata (nome mais conhecido comercialmente). Outras espécies: Beaucarnea gracillis; Beaucarnea guatemalensis e Beaucarnea pliabilis.


Origem da Pata-de-Elefante: América do Norte e Central (México)


Características: Arbusto semi-lenhoso, com tronco que aparenta em sua base uma semelhança com a pata de elefante. Pode atingir uma altura entre 6 e 10 metros dependendo das condições de manejo e da espécie. Apresenta folhas lineares compridas, coriáceas, áspera nas margens, inseridas em aspiral ao longo do caule, constitui assim uma folhagem em cabeleira pendente muito ornamental. Possui inflorescências brancas que surgem eventualmente no outono, as flores são insignificantes. Podem apresentar brotações laterais. Espécie “dióica” (plantas fêmeas e plantas machos). A propagação é feita através de sementes que são produzidas em plantas adultas (fêmeas) geralmente com mais de 12 anos de idade.


Floração da Pata de Elefante

Utilização em paisagismo: Requisitada pelo seu porte bizarro e ao mesmo tempo elegante, é ideal para compor centros de interesse nos grandes espaços ajardinados a pleno sol. No jardim, adquire aspecto escultural quando organizada em grupos em locais amplos, pois o seu exotismo forma um belo conjunto arquitetônico. 
Dependendo da criatividade do projetista, pode ser aproveitado como elemento de destaque na composição, criando dentro do interesse, um significativo valor ornamental. Muito requisitada também para vasos quando na idade juvenil. Pode também ser cultivada em meia-sombra ou luz difusa, não suporta encharcamento. Bastante utilizada no Brasil pelos paisagistas, sendo assim facilmente comercializada, porém, apresenta um custo elevado dependendo do porte.


     
CONHEÇA A VIUVINHA


Pertence a família Verbenaceae, é identificada como Petrea subserrata, também conhecida popularmente por Flor de São Miguel, Touca de viuva, Petrea.Arbusto escandente nativo do Brasil com ramos reclinados, folhas ásperas, coriáceas, decíduas (perdem as folhas). Algumas classificações considera esta espécie como trepadeira semi lenhosa. Suas flores são azul-lilás, ou brancas, inodoras, dispostas em inflorescências terminais, aparecem no inverno e primavera.

Origem: América do Sul e Brasil.Pode-se encontrar com facilidade, mudinhas sob a copa da trepadeira. A floração se inicia a partir do inverno até o final da primavera, conforme a região. Pode ser cultivada em todo o país, inclusive no Sudeste e Sul, pois tolera bem o frio e climas de regiões mais altas.Multiplica-se por semente ( 30 a 60 dias para germinar).Estacas de difícil enraizamento. Realizar poda de condução, retirando ramos secos, mal formados e brotações não desejadas.Utilização em paisagismo: No paisagismo, pode ser utilizada conduzida por amarrilhos, logo após o plantio para direcionar seu crescimento. Também se utiliza para revestimento de grades, cercas, pérgulas, pórticos e caramanchões, espécie de sol pleno. 
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CONHEÇA A ABÉLIA


 
Botânica: De acordo com a classificação botânica, a Abélia pertence à família Caprifoliaceae, cientificamente é denominada Abelia x grandiflora Hort. Ex L.H. Bailley. Originou-se da hibridização de A. chinensis e A. uniflora.
Origem: Ásia/China
Aspectos gerais: Arbusto de textura semi-lenhosa, podendo atingir até 2,0 metros de altura. Forma arredondada com folhas pequenas verdes, podendo ocorrer uma cultivar de folhas variegadas. Flores brancas pequenas e tubulares com cálice avermelhado, reunidas em inflorescência vistosa ao longo dos ramos. Seu florescimento é longo, da primavera ao outono e atraem borboletas. Desenvolve-se bem em locais ensolarados, de solo fértil e profundo. É tolerante ao calor e ao frio, se adapta bem em diversas regiões do Brasil. Para propagação podem ser usados ramos novos, sem flores. As podas não prejudicam a floração. As folhas da Abélia são pequenas (possuem de 2,0 a 6,0 centímetros de comprimento) e apresentam a coloração verde, se destacando por serem lustrosas.
Utilização em paisagismo: Seu cultivo isolado, próximo a muros, em conjunto com outras plantas e mesmo podado como cerca-viva é sempre uma ótima opção para o jardim de sol. Pode ser cultivada em sebe (entrelaçamento de ramos), sozinha e junto com outras plantas. Quando a Abélia é cultivada sozinha, ela apresenta um efeito muito bonito nos jardins (formação de aleias). Também pode ser utilizada em vasos grandes.Multiplica-se por estacas. Espécie pouco utilizada pelos paisagistas. O nome do gênero da planta ( Abélia) é em homenagem ao botânico inglês Clarke Abel, que viajou até o terrotório chinês por volta de 1815, e a sua coleção de plantas sobreviveiu em sua viagem após o naufrágio e ao incêndio causado por piratas.
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